multiplicar a ruína: vozes #1
sete textos sobre a peça-filme Desfazenda: me enterrem fora desse lugar, do coletivo O Bonde, inauguram a série vozes, onde o ruína acesa se abre para a publicação de críticas de pessoas convidadas.
Pela primeira vez em mais de quatro anos de projeto, tenho a alegria de contar com outras vozes no ruína acesa. A ideia não é nova, mas foi dentro do contexto de uma oficina ministrada a convite do Sesc São Caetano que encontrei a oportunidade ideal. Durante o mês de agosto, cerca de vinte pessoas me acompanharam por quatro encontros onde pensávamos em torno de olhar a cena neste Laboratório de Crítica Teatral.
Para o último encontro da oficina, sugeri que todes assistissem à peça-filme Desfazenda: me enterrem fora desse lugar, do coletivo O Bonde, então em cartaz no canal do grupo no YouTube. Escrevi, no início deste mês de setembro, sobre a encenação audiovisual que mantinha todos os olhos sobre eles.
Quando comecei a receber os materiais produzidos pelas pessoas participantes, fiquei entusiasmado com a possibilidade de publicá-los aqui no site. Ao final do Laboratório de Crítica Teatral no Sesc São Caetano, então, fiz o convite – e sete dentre todes que escreveram aceitaram.
Nas semanas seguintes, as críticas foram revisitadas à luz de nosso último encontro; depois, fiz apontamentos e sugestões, além de revisar e editar os textos. O resultado é um panorama diverso de olhares sobre uma mesma obra, com intenções variadas no que diz respeito ao público-alvo e à forma de escrita experimentada. Minha proposta é buscar, com a série vozes, multiplicar a ruína; que a ação se torne recorrente, ampliando as discussões em torno do fazer artístico durante (e após, pois o amanhã virá.) a pandemia.
Agora, fico muito feliz em compartilhar os sete textos, todos já disponíveis aqui no ruína acesa. Cinco autores e duas autoras, do norte e do sudeste do Brasil, escreveram de forma livre a partir de si, dos atravessamentos da peça-filme Desfazenda: me enterrem fora desse lugar e das provocações da oficina olhar a cena. Abaixo, os links das críticas, apresentados em ordem alfabética do primeiro nome da pessoa autora:
Desfazenda umedece meus olhos ressecados pela mágoa, por Amanda Carneiro.
Unificados pela clausura, unidos pelas diferenças, por Arthur Murtinho.
O medo é uma moeda de duas caras, por Felipe Sales.
(Des)fazendo (o) teatro. Sobre a experiência do fazer online, por João Veras.
Corpos vivos e suas vozes, por Lucas Allmeida.
Queremos enterrar esse lugar, por Nazaré Cavalcante.
A vez e a voz dos mortos, por Thiago Neves.
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